As INterviews são entrevistas com profissionais sobre o seu uso do Linkedin. Desde a utilização mais pontual à mais regular, quero testemunhar a utilização que as pessoas dão à rede profissional. Depois das primeiras entrevista com a Sónia e com a Filipa Neto, as expectativas para ler novas histórias continuam.
A terceira entrevistada é a Karla Martins [ligação para o seu Perfil Linkedin] – que conheci este ano por terras digitais! A Karla é brasileira, vive em Portugal e é gestora e Produtora de Eventos.
- Como teve conhecimento da rede Linkedin? Quando fez o seu registo na rede?
Sinceramente não me lembro como tive conhecimento do Linkedin. O registro da conta foi feito em 15 de Setembro de 2011.
- Que objetivos tem com a sua presença nesta rede profissional? Mudaram ao longo dos tempos ou mantém os mesmos propósitos de utilização?
O objetivo atual é posicionar-me dentro da minha área de especialização, o Marketing Digital. Sou gestora e o marketing sempre esteve muito presente, mas só agora decidi dar mais ênfase a esta vertente que tanto gosto. Acredito que tenho muito a contribuir com o mercado ao juntar as duas áreas, o marketing digital e a gestão de eventos.
Como empreendedora, a empresa que dirigi por 15 anos tinha foco no B2B. Nos últimos dois anos estive no setor público, onde não havia interação no Linkedin. Confesso que nessa época não pensava muito em objetivos. Apenas em 2016 defini o primeiro que foi o de conhecer e me dar a conhecer ao mercado Português. Quando decidi mudar para este país a primeira coisa que fiz (ainda no Brasil) foi contactar profissionais da minha área no Linkedin.
- Falemos sobre a sua tão importante rede de contactos. Como a qualificaria?
Essa é a melhor parte! Minha rede é, ao mesmo tempo, fonte de Inspiração e de Motivação. É composta por profissionais de diferentes áreas, de marketeers a gestores de negócios, variedade que adoro pois tenho oportunidade de aprender coisas novas e de manter-me atualizada. É da rede que surge minha Inspiração para escrever, a partir da observação das questões que mobilizam as pessoas. Por outro lado, a Motivação vem dos feedbacks que recebo quando alguém faz um comentário interessante que me leva a refletir ou envia mensagem privada a contar algo sobre sua vivência. É um ciclo, a rede me inspira, eu escrevo e os feedbacks geram motivação para continuar a interagir com a rede.
Claro que tenho uma estratégia definida, afinal é uma rede profissional, mas em alguns momentos se torna algo quase orgânico, natural. É quando surge essa “mágica” que vejo o quanto o Linkedin é poderoso e o quanto eu gostava de passar isso às pessoas que ainda não percebem nessa rede uma mais valia para suas carreiras.
O Linkedin, para mim, não é apenas local para fazer networking e saber de oportunidades de negócios/emprego. Se fosse apenas isso talvez já tivesse deixado a rede de lado, pois os resultados nem sempre aparecem na velocidade que queremos. Se não encontro alegria ao longo do caminho, o objetivo se torna árduo. E são as pessoas que fazem o caminho valer a pena, essa é a minha opinião e a minha postura no Linkedin.
- Em termos de participação, considera-se inativo, reativo ou proativo? Que atividades realiza regularmente na rede? É mais utilização de desktop ou de telemóvel?
Passei por todas as fases, atualmente sou proativa ao fazer publicações com regularidade e escrever artigos. Foi preciso uma mudança externa importante, a mudança de país, para criar a necessidade de ser proativa. Como dizemos no Brasil “a necessidade faz o sapo pular”. Quando cheguei em Portugal passei algum tempo a observar e entender a dinámica do Linkedin, foi a fase reativa. Havia também toda uma adaptação aos aspectos particulares da cultura, para a qual o Linkedin ajudou bastante.
O salto para ser proativa ocorreu quando participei de um evento, o Master Spitch, e senti a genuína necessidade de comunicar o sentimento de superação que tive naquele momento em que me apresentei oficialmente ao mercado. Foi a partir dos comentários e incentivos da minha rede neste artigo que tornei-me proativa. Utilizo tanto o desktop quanto o telemóvel. Prefiro o desktop para escrever as publicações e artigos, entretanto sempre confiro o resultado no telemóvel para que a experiência de quem lê seja agradável. Leituras faço mais no telemóvel. Comentários, partilhas e gostos faço em ambos.
- A sua presença nesta rede já lhe trouxe benefícios para a sua carreira ou negócio?
Sim, muitos.
1) Participei de processos seletivos por indicação de pessoas na minha rede.
2) Fiz contatos via LinkedIn e conheci pessoalmente profissionais que admiro.
3) Recebo propostas de parcerias de negócios.
4) Descobri o imenso gosto que tenho pela escrita.
5) Sou estimulada a aprender cada vez mais pois estou a dar formações.
6) Sinto-me motivada ao criar conexões verdadeiras e relacionamentos de valor. Para quem chegou cá sem conhecer ninguém, isso não tem preço.
- Alguma história curiosa, engraçada, interessante que tenha vivido nesta rede?
Quando fiz meu perfil no Linkedin enviei, sem querer, convite para todos os meus contatos de e-mail. Eu não sabia o que estava a fazer e levou um tempo até arrumar a bagunça que fiz.
Também há as questões locais. Como minha rede é composta de brasileiros e portugueses, e agora o conteúdo que publico é mais voltado para Portugal, algumas vezes as conexões brasileiras não compreendem. Por exemplo, publiquei algo sobre o outono enquanto é primavera no Brasil.
Mas gosto de ter um perfil multicultural, faz parte da minha história e me relembra tudo que construí para chegar até aqui e tudo que vislumbro para meu futuro profissional.
- Na sua opinião, como irá evoluir esta rede nos próximos anos?
Acredito que muitos profissionais ainda estão por descobrir o Linkedin como um espaço para partilhas de experiências e de conhecimentos. E aqueles que são inativos, como eu era, perceberão que temos no Linkedin uma ferramenta poderosa para comunicar nossas valências profissionais. E, principalmente, acredito que mais pessoas irão criar e manter relacionamentos de valor, que acrescentem algo positivo para suas carreiras e para a sociedade.
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