O LinkedIn, uma das principais plataformas profissionais do mundo, enfrentou mudanças significativas em 2024. O alcance orgânico das publicações diminuiu 22%, conforme análise da AuthoredUp, que examinou mais de 621.833 publicações, e insights da pesquisa Algorithm Insights 2024 de Richard van der Blom. Dois terços das publicações agora apresentam desempenho abaixo das expectativas. Portanto, compreender as novas nuances do algoritmo e adaptar-se a essas alterações tornou-se essencial para criadores de conteúdo e empresas que desejam ter um bom desempenho na plataforma.
Este guia completo desmistifica o funcionamento do algoritmo do LinkedIn no ano de 2024 e oferece estratégias comprovadas para aumentar o alcance e o envolvimento em 2025.
ÍNDICE
Compreendendo o algoritmo do LinkedIn
O algoritmo do LinkedIn atua em três etapas principais para determinar o alcance de uma publicação:
1. Classificação inicial: Nesta fase, o algoritmo avalia a qualidade e a relevância do conteúdo, procura sinais de spam e seleciona um público inicial para testar a receptividade da publicação.
2. Teste de envolvimento: O algoritmo mede a interação dos utilizadores com a publicação. Comentários são mais valiosos do que gostos. Além disso, o tempo de permanência e os padrões de cliques também são analisados para determinar o potencial de envolvimento.
3. Distribuição alargada: Dependendo do desempenho nos testes iniciais, o algoritmo decide se a publicação será exibida para um público mais amplo. O desempenho passado do criador e a relevância da sua rede são fatores importantes nesta fase.
As mudanças no algoritmo priorizam conteúdos que gerem interações genuínas e que provenham de conexões com as quais o utilizador interage regularmente. Além disso, há uma tendência em favorecer conteúdos educativos e de aconselhamento, alinhados ao feedback dos utilizadores, que buscam mais valor no feed.
Fontes:

O que compõe o feed do LinkedIn?
A análise de Richard van der Blom revela a composição atual do feed do LinkedIn, destacando a prevalência de conteúdo de criadores individuais:
• Material promocional de empresas (28%): Publicações patrocinadas com foco em aumentar a visibilidade.
• Publicações de criadores de destaque (31%): Contributos de influenciadores e profissionais com redes amplas e ativas.
• Conteúdos de outros utilizadores (28%): Publicações de membros regulares com o objetivo de interagir com suas conexões.
• Anúncios do LinkedIn (11%): Campanhas pagas direcionadas a audiências específicas.
• Publicações orgânicas de empresas (2%): Partilhas corporativas não patrocinadas, com alcance bastante limitado.
Este panorama revela que perfis pessoais ainda têm uma vantagem significativa sobre páginas de empresas quando se trata de alcançar o público de forma orgânica. Isso também evidencia a necessidade de as empresas investirem em estratégias pagas para alcançar melhores resultados.
Fonte:
Tendências de utilização de dispositivos
Em 2024, o uso de dispositivos móveis para aceder ao LinkedIn cresceu. Aproximadamente 65% dos utilizadores utilizam smartphones, em comparação com 35% que usam desktops. Portanto, otimizar o conteúdo para dispositivos móveis é essencial. Embora as interações aconteçam predominantemente em dispositivos móveis, a edição de perfis ainda é realizada maioritariamente no desktop (83%).
Fonte:
Tipos de conteúdo de alto desempenho
Em 2024, uma pesquisa da AuthoredUp, que analisou mais de 620 mil publicações no LinkedIn, revelou quais são os formatos de conteúdo com melhor desempenho, tanto para perfis pessoais como para páginas de empresas. Compreender estas tendências é essencial para otimizar a presença na plataforma e alcançar uma maior visibilidade, dado que o algoritmo do LinkedIn continua a evoluir e a priorizar determinados tipos de publicações.
Para os perfis pessoais, as sondagens mantêm-se como o tipo de conteúdo mais eficaz, com um multiplicador de alcance de 1,46x. No entanto, houve uma diminuição de 20% em relação ao ano anterior, o que sugere uma tendência de saturação, mas ainda assim representam uma ótima forma de interagir com a rede de contactos. Apesar disso, o formato continua a ser eficaz para gerar interações e aumentar o alcance.
Por outro lado, as publicações de documentos, que têm um multiplicador de 1,29x, também apresentam um desempenho satisfatório, mas sofreram uma diminuição de 20,3% no alcance, o que indica que o interesse por este tipo de conteúdo tem vindo a diminuir. Este formato, que permite partilhar materiais mais aprofundados como relatórios ou apresentações, continua a ser útil para quem deseja partilhar conteúdo valioso e informativo com a sua rede.
As imagens, com um multiplicador de 1,16x, refletem uma ligeira queda de 18,6% no seu alcance. Apesar de continuarem a ser eficazes, a saturação de conteúdo visual na plataforma pode estar a afetar a sua visibilidade. Portanto, os utilizadores devem ter em mente que, para se destacarem, é necessário investir em conteúdos visuais criativos e diferenciados.
Em relação aos vídeos, embora o seu desempenho seja relativamente estável, houve uma pequena diminuição no multiplicador, que passou de 1,17x para 1,14x. No entanto, os vídeos continuam a ser uma excelente forma de captar a atenção e engajar o público, especialmente devido ao seu formato dinâmico e envolvente. É importante notar que, apesar da queda, o vídeo ainda é um dos melhores formatos para manter a atenção dos seguidores.
Por último, as publicações de texto são as de pior desempenho nos perfis pessoais, com um multiplicador de 0,89x. Isto demonstra que o algoritmo do LinkedIn está a privilegiar outros tipos de conteúdo, como sondagens e vídeos, que geram mais interações e são mais visuais.
No caso das páginas de empresas, as sondagens continuam a ser o tipo de conteúdo com melhor desempenho, com um multiplicador de 1,45x. No entanto, tal como nos perfis pessoais, também se verificou uma diminuição significativa em comparação com anos anteriores. Este formato ainda é eficaz para gerar interação, mas a tendência é que o público empresarial se torne mais seletivo em relação ao tipo de conteúdo com o qual interage.
As publicações de documentos nas páginas de empresas apresentam um multiplicador de 1,3x, similar ao que foi observado nos perfis pessoais. Embora o alcance tenha diminuído, o formato continua a ser eficaz para quem deseja partilhar conteúdos detalhados e informativos. Este tipo de conteúdo ainda é muito apreciado por aqueles que procuram aprender ou obter insights mais profundos.
Relativamente aos vídeos, estes apresentam um multiplicador de 1,28x nas páginas de empresas, o que indica um desempenho ligeiramente superior ao dos perfis pessoais. O conteúdo em vídeo tende a gerar mais engajamento, especialmente no contexto empresarial, onde os vídeos podem ser usados para explicar produtos, serviços ou partilhar testemunhos de clientes. A sua capacidade de gerar interação é um ponto positivo para quem deseja aumentar o alcance e a visibilidade.
As imagens nas páginas de empresas, embora ainda eficazes, têm um multiplicador de 1,17x, o que reflete uma queda nas impressões e interações. A saturação do conteúdo visual pode ser um dos fatores responsáveis por este declínio, tornando o formato menos eficaz à medida que mais empresas recorrem a este tipo de conteúdo.
Por fim, as publicações de texto nas páginas de empresas são as de pior desempenho, com um multiplicador de apenas 0,27x. Este resultado reforça a ideia de que o público empresarial prefere conteúdos mais dinâmicos e visuais, como vídeos e sondagens, que geram mais interações e são mais atrativos.
Em suma, as tendências de 2025 indicam que, tanto para perfis pessoais como para páginas de empresas, o conteúdo interativo e visual continua a ser o mais eficaz para aumentar o alcance e o engajamento no LinkedIn. Adaptar as estratégias de conteúdo e focar-se nos formatos com melhor desempenho é essencial para otimizar a presença na plataforma e alcançar o público-alvo de forma mais eficiente.
Artigos complementar: https://pedrocaramez.com/dicas-linkedin-marketing/